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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Novos Livros de Português do MEC

Os novos livros de português estão errados! [ah vá, é mesmo é???]

Vamos analisar de uma maneira geral ao longo do tempo, na época em que nossos avós usavam chapéu de palha com uma fita escura e um lacinho e nossas avós usavam meia calça branca com sapatinho de saltinho e vestidinhos com laços e fitas.

O vocabulário nós sabemos que era bem rebuscado, ou seja, com muitos floreios, ou seja: dificil!
Analisemos as seguintes frases:

Modo Arcaico (1600): Mha senhor, non-o púdi nen posso creer a quen aquesto diz.
Modo Contemporâneo(1900): Meu senhor, não pude nem posso crer a quem lhe diz isso.
Forma Culta (2000): Senhor, não posso crer em quem lhe disse isso.
Forma Coloquial (2000): Senhor, não acredito no que foi dito ao senhor.
FORMA CULTA 2011: Senhor, não acredito nisso que foi dito pro senhor, não.

É assim que evoluímos! Parabéns.

"Existe o adequado e o inadequado, e não mais o certo e o errado." - Alguém aí que defende toda essa m***a.
Esqueceram de avisar a esse ser que o brasileiro é inadequado por si só. Não somos uma elite de pessoas que se interessam em ser cultos, inteligentes e acima de tudo, tem condições para ser. Não, não temos condições,  familias vivem em favelas, ganham menos que um salário, não tem vida digna e o governo faz o que?

Ajuda?

Claro, abaixando o nível do padrão de linguagem para que aquelas pessoas menos favorecidas não sofram "preconceito" em dizer "nóis vamo ver filmi na casa du fulanu"; até porque agora basta colocar a primeira palavra no plural pra subentender que toda a frase deve estar no plural.

NÃO SUBENTENDE P***A NENHUMA!!!!!!!!!

Passamos 13 anos nas escolas publicas e privadas, são 201 dias letivos e ao todo 2613 dias, estudando até não aguentar mais, decorando macetes das crases "vou a volto de, crase pra quê?", dos porque/por que/ porquê, por quê que ninguém sabe quando se usa um ou outro, decorando preposições, adverbios, descobrindo sujeitos, predicados, objetos diretos, indiretos, orações subordinadas sustantivadas e afins. E pra que?
Pra que eles, os "carinhas do poder" não nos enrole com seu linguajar rebuscado, para que realmente saibamos o que está escrito em um contrato com mil e duas cláusulas que não fazem sentido. Para não sermos passados pra trás pelos "espertinhos" e cultos que nos tratam como lixo assim que abrimos a boca e sai um: "E aê? Firmeza? To com um pobrema aqui."
POBREMA; agora é apenas uma distorção fonética.

Pra quem???????????????

Alguém aqui notou o mesmo que eu? Que o governo nos querem BURROS? [ah vá, é mesmo???]
"Ah, sabia disso faz tempo!!"
É, eu também.
E eles dificultam, colocaram o novo acordo ortográfico, como se nosso idioma [e não indioma] já não fosse complicado o suficiente. Nossas pequenas crianças vão aprender uma gramática desprovida de vários acentos, assim como alguns ainda conseguiram pegar a transição de palavras como poer/pôr, êle - sim, com acento, assim como nôvo, êste, aquêle, confôrto, surprêso - motocycleta e outros.
Se já retiraram vários acentos antes, por que agora retirar outros? E ainda sim, não retiraram todos, claro: facilitar pra que, né?

Mudam-se as regras, mas eles vão continuar a falar de forma culta, mas você não precisa!
Aliás você nem ao menos precisa saber o que é a forma culta. Afinal, a forma como você fala é a certa, pelo MEC.

"Oi, pur favô, eu quiria falá com o presidenti da camera."
"Senhor, não posso permitir que entre com esse linguajar, é inapropriado para a ocasião."
"É o que?"
"Tem de falar de forma culta, formal"
"Maisi eu num sei."
"Sinto muito então." *fecha a porta*

ORKUT: {link}

Livro didático do MEC contém erros de português

O livro de língua portuguesa ‘Por uma Vida Melhor’, da coleção ‘Viver, Aprender’, adotado pelo Ministério da Educação (MEC) e distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLD-EJA) a 484.195 alunos de 4.236 escolas contém alguns erros gramaticais. “Nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe” são dois exemplos de erros.

Na avaliação dos autores do livro, o uso da língua popular, ainda que contendo erros, é válido. Os escritores também ressaltam que, caso deixem a norma culta, os alunos podem sofrer “preconceito linguístico”.

Publicado pela Editora Global, o livro apresenta frases erradas e explicações para cada uma delas, como forma de ensinar a maneira correta de falar e escrever. “Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro’?’ Claro que pode.

Mas fique atento, porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico”, diz um dos trechos. “Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas.”
Correto e adequado

Em nota divulgada pelo Ministério da Educação, a autora Heloisa Ramos justifica o conteúdo da obra. “O importante é chamar a atenção para o fato de que a ideia de correto e incorreto no uso da língua deve ser substituída pela ideia de uso da língua adequado e inadequado, dependendo da situação comunicativa.”

“Como se aprende isso? Observando, analisando, refletindo e praticando a língua em diferentes situações de comunicação”, acrescenta a autora em seu texto.

Heloisa também afirma que o livro tem como fundamento os “documentos do MEC para o ensino fundamental regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA)”. Segundo ela, a obra leva em consideração as matrizes que estruturam o Exame Nacional de Certificação de Jovens e Adultos (Encceja).

Procurada pela reportagem, a Editora Global informou, por intermédio de sua assessoria, que é a responsável pela comercialização e pela produção do livro, mas não pelo seu conteúdo.
http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/livro-didatico-do-mec-defende-erros-de-portugues/


"Como se aprende isso? Observando e praticando" - e como vamos fazer isso se nas escolas vão ser liberados a forma coloquial da escrita?
Escrita não, fala!
SE FALA COMO SE ESCREVE! Quem nunca perguntou pra professora como se escrevia tal palavra e ela respondeu: "assim mesmo, como se fala";
Oras, é comum: existe o caminho mas facil e o mais dificil: por onde vamos? PELO MAIS FACIL. Se os livros apóiam falar e escrever[acaba apoiando escrever também, não vem com essa!] de forma coloquial, nenhuma criança/jovem/adulto vai se preocupar em saber a forma culta.
"Pra que se o jeito que eu falo também tá certo? Posso escreve como eu falo, i daí?"
Lembrando sempre que as crianças veem os adultos como modelo. Se o pai de uma garotinha faz EJA e chega em casa falando isso, ela vai aprender e vai repetir; a professora vai ser "obrigada a concordar" com o livrinho do MEC e a bola de neve começa.

Em pronunciamento nesta terça-feira (17), o senador Paulo Bauer (PSDB-SC) condenou o Ministério da Educação (MEC) por autorizar a publicação e a distribuição às escolas públicas de livro didático que admite erros de Português. A obra, incluída no Programa Nacional do Livro Didático, defenderia, segundo o parlamentar, a supremacia da linguagem oral sobre a linguagem escrita, admitindo construções do tipo “nós pega o peixe”, as quais poderiam ser consideradas corretas em determinados contextos.
Ex-secretário de Educação de Santa Catarina, Paulo Bauer disse que a ação do MEC deve ser revista, com recolhimento dos livros distribuídos, para não comprometer o aprendizado dos alunos.
-
 As crianças precisam aprender o Português de forma correta e original. Temos que ensinar o certo. Se tivéssemos que admitir que o erro é a regra, não precisaríamos ter leis de trânsito. Tem que recolher os livros e não permitir que em outro momento tal equívoco se repita – afirmou.
Em aparte, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) disse que a ortografia tem de ser preservada e que as normas gramaticais devem ser respeitadas, independentemente dos diferentes sotaques regionais do país.
Já a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que os críticos do MEC estão “fazendo tempestade em copo d’água”, tendo em vista que o livro estaria apenas “contextualizando uma situação, e não ensinando a falar errado”, segundo ela. [Fonte]

Não ensina a falar errado, imagina.
"Querido, não estou ensinando a falar errado, mas pode, viu!!!" - É a mesma coisa de dizer isso.
Os livros são para o EJA - Educação de Jovens e Adultos, o que é muito pior, já que estes mesmos estão se aprimorando para conseguir um trabalho melhor; vão conseguir falando errado, porque PODE!
E claro que ela está de acordo, o nome dela é GLEISI - não sei nem do que deriva isso. Pode ser um Geisy com floreios, quem sabe. Ela se sentiria melhor sabendo que todos cometerão o mesmo erro que o senhor do cartório na hora do registro?

O que o professor Sérgio Nogueira diz a respeito:


Ah, sim, esqueci de mencionar que o livro elogia o Lula.



Que seja, afinal no Brasil se faz tudo para que não haja "constrangimento".

A linguagem informal vai ser aprendida em casa, nas ruas, com amigos. A escola tem obrigação de informar e formar pessoas que sejam completamente capazes de manter um diálogo totalmente culto, sem nenhum tipo de erro. Temos também que lembrar que todas as pessoas distorcem nem que seja um pouco tudo que elas veem, portanto, não me admira que alguns concordem ou não.

FATO: as escolas não deveriam nem por um segundo cogitar a possibilidade de passar alguma informação que não seja o formal, pois estamos tão felizes com o idioma facílimo, que qualquer brecha nos faz querer escapar.

Já que tá dificil mesmo, vamos banalizar tudo pra tirar essa impressão de dificuldade do idioma. - vai saber...

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