Os 10 mais de filmes de vampiros. [Link]
1. Underworld – O filme tem vários pontos fortes. Não somente é um dos melhores filmes de vampiros já feitos, como também um dos únicos, se não for o único que também é extremamente bem produzido e com temática séria sobre lobisomens (Lycans). Para os que acham os poderes exagerados demais, isso não é bem assim: para quem já jogava “Vampire – The Masquerade” (“Vampiro – A Máscara”) lá pelos idos da década de 1990. Além disso, o WoD (World of Darkness) da White Wolf é bem representado neste filme, se alguns fãs mais atentos prestarem bem atenção, há um grupo de vampiros que parecem ser Setites, pelos óculos escuros… O clã de destaque parece ser Ventrue… A reação da vampira ao perceber a presença de um Lycan, grudando no teto, lembrou-me de muitas cenas de RPG e é muito primal, animalesca mesmo, muito com base no tradicional das “espécies” em questão… enfim, o roteiro tem intriga, romance e um excelente crossover entre vampiros e lobisomens – algo que já era difícil de fazer em RPG e ficou muito bom neste filme. O tom escuro-azulado escolhido ficou lindo, a fotografia é encantadora. Não vou dar nota e nem é preciso, a avaliação fala por si. Muitos pontos altos, muita ação, pontos de romance, suspense, é um must!
2. Vampire Hunter D – Este é um clássico, filme/anime de 1985 em que D é um dhampir, a meia-cria de um pai vampiro e mãe humana, renomado por suas habilidades perfeitas e seu encanto sobrenatural, mas é temido e desprezado por sua linhagem mista, o caçador ideal de vampiros. Raças mistas nunca são bem vistas, mas, como em InuYasha, sempre são bem “usadas” quando se precisa delas – como o ser humano é “interessante”, não? Há muitas diferenças – e algumas bem significativas – entre o anime e o mangá. Há a continuação – “Vampire Hunter D – Bloodlust”. Para quem gostar do primeiro, indico os dois.
3. Entrevista com o Vampiro – Como nem a Anne Rice imaginava, e acho que, além de mim, meio mundo, Tom Cruise fez um perfeito Lestat! Embora a história do filme tenha sido um tanto quanto diferente daquela contada no livro (por isso recomendo a leitura também, em português, com tradução de Clarice Lispector) esse é, de longe, um dos clássicos contemporâneos, mostrando a inveja dos vampiros decadentes em relação aos novos vampiros – uma bela metáfora para a inveja dos diferentes em geral. Ao contrário de “Rainha dos Condenados”, péssima adaptação, fujam disso, leiam os livros “O Vampiro Lestat” e “A Rainha dos Condenados”, mas fujam daquele filme, é um massacre da obra original e uma ofensa ao filme “Entrevista com o Vampiro”. Este sim, ainda mais com o Lestat, “o próprio Diabo”, como dizia Louis, e aquele final, bem… vale a pena ver, rever e ver de novo!
4. Drácula de Bram Stoker – Bom, para mim é complicado falar desse filme. É, de longe, um de meus filmes prediletos (e não só de vampiros). Coppola usou técnicas antigas de cinema quando já havia meios modernos de fazê-los e ficaram perfeitamente lindos! O teatro de sombras no início, a gota e a película invertida… Os pontos altos do filme são tantos que se eu fosse destacar todos, precisaria de um artigo só para ele. Algumas curiosidades: os colegas tinham “medo” de Gary Oldman, pois ele se sentia e agia, nos bastidores também, como se fosse o próprio Lord Drácula. Atuação excelente dele, de Anthony Hopkins, a conclusão a que Van Helsing chega quando estão prestes a destruir o “mal”… enfim, outro para ver e rever.
5. Um Drink no Inferno – É uma daquelas piadas do Tarantino, mas aquelas piadas boa que fazem com que você realmente ria do começo ao fim. É trash, mas no início, se ninguém falou nada a você, pode ser que ache que o filme seja sério. Depois, acaba relaxando e começa a rir muito. Mas fuja das continuações. É somente 1 Drink no Inferno, o resto dará indigestão, mal-estar, dor de cabeça, azia, ressaca….
6. Garotos Perdidos – Clássico que marcou a década de 1980. Lembrado, visto e revisto até hoje. O plot de “The Lost Boys” (1987) é simples: jovens do Arizona que se mudam para a Califórnia e acabam se deparando com uma gangue de vampiros adolescentes. Com Kiefer Sutherland (aka Jack Bauer) como o líder da gangue, “People Are Strange”, na versão do Echo and the Bunnymen na trilha sonora do filme, um ótimo filme de vampiros para relaxar em uma sessão nostalgia.
Uma curiosidade: Reza a lenda que Jim Morrison escreveu a letra de “People Are Strange” andando nas ruas de Londres…
7. Fome de Viver – Esse é um clássico mais cult e apreciado pelo tom sombrio, pela atuação de David Bowie e de Catherine Deneuve. É um filme de 1983, mas ao contrário de “Garotos Perdidos”, não tem um tom leve: o clima é tenso, denso, mas, ao mesmo tempo, glamouroso. A música do Bauhaus, “Bela Lugosi’s Dead” fica tocando durante os créditos inicias e o filme é especialmente um cult para o pessoal gótico, mas vale a pena caçá-lo, pois o final surpreende, Vou parar de falar por aqui, senão conto demais.
8. Nosferatu – Como deixar de fora este clássico? Ok, se você não curte cinema mudo, e não aguentar ver “Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens” (Nosferatu, uma sinfonia de horrores), de F. W. Murnau, de 1922, (com base no romance “Drácula”, de Bram Stoker, embora com nomes de personagens e lugares alterados, pois os herdeiros do escritor não concederam a Murnau autorização para realizar este filme), eu entendo. Eu vi, uma vez, porque eu precisava ver. Nem que fosse uma vez. Pra quem curte vampiros… É preciso. E ver até o fim.
Uma curiosidade: Hoje o filme pertence ao domínio público e há um remake (que, confesso, não vi) de Werner Herzog chamado Nosferatu: Phantom der Nacht.
9. Ultravioleta - Milla Jovovich é Violet Song jat Shariff, ela vive no futuro, em um mundo em que todas as doenças foram erradicadas — exceto uma chamada “hematofagia”. É um filme de “vampiros” diferente, meio que sem vampiros. Já me explico.
Violet é infectada com esta doença e disfarça-se de mensageira para pegar uma arma que poderia acabar com todos os hematófagos do planeta, descobrindo depois o que havia dentro da maleta… (não vou contar, vale a pena ver). O termo “vampiro” é dado aos hematófagos por terem caninos pontudos. A história é legal, embora o estúdio tenha feito cortes para a versão final do filme, de partes “emocionais”, combates intensos e cenas gore. Mas vale a pena ver, embora não seja nenhuma prima, já estou avisando, não espere demais, apenas curta. Às vezes é bom algum entretenimento puro e simples.
10. Deixe Ela Entrar – Como tradutora já não me aguento com o título, me dá tremedeira. Erro de português eu não tolero. O certo seria Deixe-a Entrar. Mas, ainda, no original é “Let the Right One In”, que quer dizer, “Deixe a pessoa certa entrar”… Mas vamos ao filme… e por que motivos entrou na lista…
Bem, é um filme sueco, diferente dos blockbusters… “Let the Right One In” (Em sueco: Låt den rätte komma in) é um romance-horror de 2008, dirigido por Tomas Alfredson, com base em um livro homônimo.
A fotografia é linda; o filme é terrificamente encantador: a história de um garoto de 12 anos de idade atormentado por outros garotos que desenvolve uma amizade com uma criança vampiro em Blackeberg, Stockholm, no início da década de 1980. O foco principal é na história de amor entre os dois personagens principais.
Mesmo com tudo para ser um filme cult relegado a estantes de colecionadores, esta bela obra ganhou tantos prêmios e fez tanto sucesso que vai ganhar uma versão Hollywoodiana. Mas eu tenho medo disso. Vi o que fizeram com “Asas do Desejo”, o clássico de Wim Wenders. Vocês sabiam que “Cidade dos Anjos” é a versão/adaptação (massacrando o original) da obra-prima de Wim Wenders? Então, quanto a “Let the Right One In”, fiquem com o certo – o original.
Artigo: Ana Death Duarte
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