Arvore de Natal
A árvore de Natal é considerado por alguns como uma "cristianização" da tradições e rituais pagãos em torno do Solstício de Inverno, que incluía o uso de ramos verdes, além de ser uma adaptação de adoração pagã das árvores.[33] Outra versão sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, uma das mais populares atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de uns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores.
Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegando, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Queria, assim, mostrar as crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.[33]
Na Roma Antiga, os Romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de "Saturnália", que coincidia com o nosso Natal.
As esculturas e quadros que enfeitavam os templos para ensinar os fiéis, além das representações teatrais semilitúrgicas que aconteciam durante a Missa de Natal serviram de inspiração para que se criasse o presépio. A tradição católica diz que o presépio (do lat.praesepio) surgiu em 1223, quando São Francisco de Assis quis celebrar o Natal de um modo o mais realista possível e, com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. Nesse cenário, foi celebrada a Missa de Natal.
O sucesso dessa representação do Presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália. Em todas as religiões cristãs, é consensual que o Presépio é o único símbolo do Natal de Jesus verdadeiramente inspirado nos Evangelhos.
O dia de montar as decorações natalinas variam em cada país [34], no Brasil as decorações costumam ser realizadas no dia 6 de Dezembro, data em que se comemora o dia de São Nicolau. No dia 6 de Janeiro, comemora-se o Dia de Reis, data que assinala a chegada dos Três Reis Magos à Belém, encerrando a magia do Natal, quando a árvore de natal e demais decorações natalinas são desfeitas.
[editar]Músicas natalinas
No Brasil, esta tradição, além das familiares, só se tornou comercial popular nos anos 1990, com o Cd 25 de Dezembro lançado pela cantora Simone:Ao lançar, no ano passado, o disco natalino 25 de Dezembro, a cantora Simone quebrou um tabu. Ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos e na Europa, os cantores brasileiros não têm o costume de lançar, no mês de dezembro, discos com músicas de Natal[35]. As canções natalinas tradicionais, no Brasil, estão sendo paulatinamente esquecidas, com algumas exceções como "Noite Feliz", devido a falta de interesse popular.As canções natalinas são símbolos do Natal e as letras retratam as tradições das comemorações, o nascimento de Jesus, a paz, a fraternidade, o amor, os valores cristãos. Os Estados Unidos têm antiga tradição de celebrar o Natal com músicas típicas.
[editar]Amigo secreto ou oculto
No Brasil, é muito comum a prática entre amigos, funcionários de uma empresa, amigos e colegas de escola e na família, da brincadeira do amigo oculto (secreto). Essa brincadeira consiste de cada pessoa selecionar um nome de uma outra pessoa que esteja participando desta (obviamente a pessoa não pode sortear ela mesma) e presenteá-la no dia, ou na véspera. É comum que sejam dadas dicas sobre o amigo oculto, como características físicas ou qualidades, até que todos descubram quem é o amigo oculto. Alguns dizem características totalmente opostas para deixar a brincadeira ainda mais divertida.
Acredita-se que a brincadeira venha dos povos nórdicos. Porém, é também uma brincadeira de costumes e tradições de povos pagãos. A brincadeira se popularizou no ano de 1929, em plena depressão onde não tinha dinheiro para comprar presentes para todos se fazia a brincadeira para que todos pudessem sair com presentes
[editar]Personagens lendários
Uma série de figuras de origem cristã e mítico têm sido associadas ao Natal e às doações sazonais de presentes. Entre estas estão o Papai Noel (Pai Natal em Portugal), também conhecido como Santa Claus (na anglofonia), Père Noël e o Weihnachtsmann; São Nicolau ou Sinterklaas, Christkind;Kris Kringle; Joulupukki; Babbo Natale, São Basílio e Ded Moroz.
A mais famosa e difundida destas figuras na comemoração moderna do Natal em todo o mundo é o Papai Noel, um mítico portador de presentes, vestido de vermelho, cujas origens têm diversas fontes. A origem do nome em inglês Santa Claus pode ser rastreada até o Sinterklaas holandês, que significa simplesmente São Nicolau. Nicolau foi bispo de Mira, na atual Turquia, durante o século IV. Entre outros atributos dado ao santo, ele foi associado ao cuidado das crianças, a generosidade e a doação de presentes. Sua festa em 6 de dezembro passou a ser comemorada em muitos países com a troca de presentes[36].
São Nicolau tradicionalmente aparecia em trajes de bispo, acompanhado por ajudantes, indagando as crianças sobre o seu comportamento durante o ano passado antes de decidir se elas mereciam um presente ou não. Por volta do século XIII, São Nicolau era bem conhecido nos Países Baixos e a prática de dar presentes em seu nome se espalhou para outras partes da Europa central e do sul. Na Reforma Protestante nos séculos XVI e XVII na Europa, muitos protestantes mudaram o personagem portador de presente para o Menino Jesus ou Christkindl e a data de dar presentes passou de 6 de dezembro para a véspera de Natal[36].
No entanto, a imagem popular moderna do Papai Noel foi criada nos Estados Unidos e, em particular, em Nova York. A transformação foi realizada com o auxílio de colaboradores notáveis, incluindo Washington Irving e o cartunista germano-americano Thomas Nast (1840-1902). Após a Guerra Revolucionária Americana, alguns dos habitantes da cidade de Nova York procuraram símbolos do passado não-inglês da cidade. Nova York tinha sido originalmente estabelecida como a cidade colonial holandesa de Nova Amsterdã e a tradição holandesa do Sinterklaas foi reinventada como São Nicolau.[37]
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